Novos Caminhos, Velhos Trilhos

outubro 19, 2010

OS PRIMEIROS FEITOS DE JESUS – O MILAGRE NA FAMÍLIA DE CANÁ

Filed under: Estudos — sdusilek @ 11:34 pm
TEXTOS :                 – Texto Bíblico: Jo 2:1-12; Jo 4:1-30; Lc.4:16-30

Leituras diárias: a) Is.42:1-7; b) Is.53; c) Is.61; d) Jo2:1-12; e) Jo4:1-15; f)Jo4:16-30; g)Mt.8

                                   – Texto Básico: Jo2:1-11 // Texto Áureo: Jo2:11 

Introdução

Já se imaginou tendo uma vida tão coerente que as pessoas aprendam contigo somente observando você? Os ensinos de Jesus não estão presentes só nas suas palavras, mas sobretudo no seu caminhar. E após definir de que tipo seria seu ministério, o Senhor começou a exercê-lo. Ele começa então a falar com sua própria vida de modo tão singular que o autor de Hebreus (Heb.1) vai diferenciar a fala de Jesus como o ápice daquilo que Deus quis revelar ao homem.

Só que aceitar Jesus como um grande homem, como um grande profeta, como alguém de ligação íntima com Deus é fácil, porque a história mostra isso. Agora aceitá-lo como Messias, como Deus encarnado, isso requer fé. E parece que por vezes, quando as coisas se tornam normais e mecânicas para nós, notadamente as sagradas, vamos perdendo a fé. Quantos pessoas quando entraram para o coro ou para uma banda, não o faziam com temor diante de Deus? E quantos, após normalizarem o convívio com a “mecânica” dos ensaios, não acabam por desprezar a seriedade de tal compromisso? Parece que alguns quanto mais contatos com o sagrado têm, invés de criar mais temor gera mais desleixo.

Pois não foi diferente com o povo de Nazaré e com algumas aldeias circunvizinhas daquela região. Eles tiveram contato com Jesus antes do início do ministério. E daí, pela normalidade com que o via, não foram capazes de crer que ele era o Cristo (o ungido/enviado). Aqui reside a primeira rejeição que ele passou: na própria cidade onde fora criado e crescera, Nazaré (Lc.4:14-30).

O que o Inimigo mais deseja fazer conosco é nos tornar semelhantes aos nazarenos, gente que acredita em Jesus como um personagem histórico-religioso. Só que Jesus é muito mais do que isso. Ele é Deus! E para tanto você precisa exercitar a sua fé. Soren Kierkgaard (teólogo e filósofo dinamarquês) disse certa vez que a fé tem início onde termina a razão. Para ver Jesus como Deus você precisa CRER! O que representa exercer um ato de fé.

Por ser Deus, Jesus não se limitava a atuar segundo um “script” religioso do seu tempo. Ele não tinha uma postura excludente, mas sim includente (veja Tiago 2). O Mestre não fazia acepção de pessoas. Ele cuidava de doentes, curava leprosos, tocava em mendigos, conversava com mulheres (muitas delas adoecidas e rejeitadas como a hemorrágica (Lc.8)), evangelizava samaritanos (lembra da mulher samaritana? – João 4) e acolhia as crianças. Jesus com essa postura, ao passo em que se tornou em escândalo para os religiosos daquele tempo (mestres da lei/escribas/fariseus), inaugurou o acesso das pessoas ao Reino do Céu.

UM Milagre NA FAMÍLIA

O evangelista João qualifica o milagre das Bodas de Cana (Jo2:1-11) como sendo o ato inaugural dos feitos de Jesus. Tal expressão não se encontra na Bíblia sem o propósito claro de mostrar como Deus ama e se importa com a família. Ela pode ser atacada, vilipendiada, ridicularizada pela sociedade, mas ela permanecerá até a volta de Jesus (sua 2ª vinda), porque a família é instituição criada por Deus. E a obra que Deus cria e faz, só Ele pode destruir (falo aqui da Família como instituição, não visando-a de modo particularizado, individualizado).

Naquele tempo, era comum as festas de casamento (até mesmo devido a dificuldade de locomoção) durarem 1 semana. E Jesus, talvez por ser conhecido dos noivos, foi também convidado para aquela festa. A partir de sua estada entre os convivas é que vamos tirar algumas lições do texto para nós.

A primeira delas é que Jesus sempre vai estar interessado em sua família. Você vive ou presencia uma crise em casa? Saiba que o coração de Jesus também se entristece com tal coisa. O texto fala que Ele no início do seu ministério, dá uma “quebrada” no seu curto tempo e vai a um vilarejo chamado Caná. É lógico que Cristo tinha mais o que fazer; ele não estava ocioso. Mas o fato dEle ter ido a um casamento mostra que a agenda de Deus está prioritariamente aberta para as famílias. Não importa onde ela esteja (se numa grande cidade ou num vilarejo), se tem crises fortes ou não, se há amor ou ausência dele em casa, Deus sempre vai estar com sua agenda aberta para a sua família.

A segunda lição desse texto aponta para o fato de que toda a família é suscetível à crise. Não há família perfeita, embora por vezes nós achemos que os outros lares são melhores do que o nosso. Todo casal, toda relação paternal tem seus problemas. E com aquele casal de Cana não foi diferente. Logo na lua de mel eles enfrentam sua primeira grande crise conjugal. Você consegue imaginar isso? Um tempo que era para ser de alegria começa a ganhar contornos cinzentos… mas eles tinham feito algo excelente: haviam convidado Jesus para fazer parte de sua família. E na hora da crise, Jesus faz toda diferença!

Talvez você esteja com crise em sua casa. Quero convidar você a confiar e pedir ajuda a Jesus e também ao seu pastor/líder de adolescentes. Se ele ou ela é alguém nota 10, abra seu coração e peça ajuda. Lembre-se você não é o único a passar por isso.

A terceira lição está no fato de que não há família que tenha perdido a alegria que Jesus não possa restaurá-la. O vinho emprestava a imagem da alegria nas celebrações. E Jesus transformou água em vinho. Aquilo que não tinha mais sabor, aquilo que se tornara corriqueiro, agora ganhava um contorno especial. E sempre a alegria do segundo momento será maior do que a primeira (2:10b). Deixe Jesus transformar sua casa!

CONCLUSÃO

Resta uma pergunta: até onde vai a sua fé? Quanto de alegria você quer para sua família? Encha as talhas (potes/vasos enormes de pedra) até a borda (11:7) e você vai ver a extensão do milagre de Jesus em sua casa. Jesus correspondeu às expectativas daquele casal. Numa hora crucial, eles demonstraram fé. Num momento singular, Jesus operou o milagre. 

outubro 11, 2010

O INICIO DO MINISTÉRIO DE JESUS – QUANDO O MESTRE COMEÇA A ENTRAR EM AÇÃO

Filed under: Estudos — sdusilek @ 6:09 pm

TEXTOS :                 – Texto Bíblico; Mt.4:1-11; Mt.3:13-17; Lc.3:1-23, 4:1-44

Leituras diárias: a) Mc.1:9-13; b)Rm.6:1-14; c) Heb.2:14-18; 4:14-15; d) I Pe 2:21-25; e) II Cor.5:17-21, I João 3:4-10; f) Tg.1:13-18; g) Tg.4:1-10

                                   – Texto Básico; Mt.4:1-11 /// Texto Áureo; Mt.4:10b

Introdução

Estamos adentrando no início do ministério de Jesus. Com seu batismo, Jesus sela a sua missão e dá início a proclamação do Reino de Deus. E é por isso que os evangelistas do Novo Testamento não se importaram em escrever muito sobre a adolescência e juventude de Jesus. Os evangelhos não são só uma biografia de Jesus, mas sobretudo o anúncio do Reino, cuja maior expressão está na pessoa e obra do Cristo.

É por isso então que há um hiato no relato evangelístico da vida de Jesus dos seus 12 anos (Lc.2:42), até seus 30 quando então inicia seu ministério. Foi importante Jesus começar com essa idade, porque naquele tempo, um mestre só começava e podia ser ouvido se tivesse uma idade igual ou superior a 30 anos. E esse início coincidiu com o seu batismo.

A-POR QUE JESUS BATIZOU?

Naquele tempo na Palestina era comum ser observada uma prática ritual de batismo como sinal de purificação e arrependimento de pecados. João Batista era um exemplo dessa prática (Jo 1:22-34). Mas por que então Jesus não só se deixou ser batizado, mas pediu a João que o fizesse? Há alguns fatores que explicam esse momento singular:

a) para que em Jesus se cumprisse toda a justiça, tudo aquilo que foi dito e predito pelos profetas;

b) para marcar o início do ministério de Jesus, cuja chancela de Deus Pai não veio pela água, mas pela voz que disse “este é meu filho amado, em quem tenho prazer”. Deus Pai evidenciou ali para os que ali estavam que Jesus não era semelhante aos outros, mas sim semelhante a ELE!

c) para também corroborar e linkar a pregação e anúncio de João Batista com sua vida. Quem é aquele que viria e que batizaria no espírito e no fogo? Era Jesus! E esse encontro nas águas batismais ligou de uma vez por todas o ministério preparatório de João ao ministério propiciatório de Jesus (I Jo.4:10);

d) para que fosse exemplo. Não precisava expurgar pecados porque Ele era o Cordeiro puro que “tira o pecado do mundo” (Jo.1:29). Jesus nunca pecou, embora tivesse vivido num meio complicado como é esse nosso. Ele batizou portanto para servir de exemplo. Ora, se Jesus que não precisava batizou, por que você ainda não o fez? Tenho encontrado muitos adolescentes que se dizem do Senhor mas que ainda não são batizados. Particularmente, tenho dúvida sobre essas conversões, pois Jesus ordenou que fôssemos batizados (Mt.28:19) e o Espírito repete essa ordenança para nós em nosso coração.

B-APÓS O BATISMO, DESERTO E TENTAÇÃO

Após o batismo, Jesus foi levado pelo Espírito ao deserto para ser tentado. Veja, Deus não tenta ninguém (Tg.1); o que Ele pode fazer é dar a você uma provação (vide quadro no final do estudo). Isso aconteceu para que Jesus pudesse assinalar que tipo de Messias ele seria, bem como para deixar claro para nós que por conta de sua encarnação, Jesus passou a ser passível de tentação, por conta de sua humanidade.

A tentação de Jesus que Mateus registra tão bem (4:1-11) revela-nos algumas formas que o Diabo costuma usar para nos atingir. Veja algumas marcas presentes também na tentação de Jesus:

a) dúvida – Satanás sempre trabalha com a dúvida. Por isso precisamos tanto do escudo da fé (Ef.6:16), a certeza de que nossas vidas estão sendo cuidadas e controladas por Deus. Jesus tinha acabado de ouvir (junto de outras pessoas) que Ele era o Filho amado do Pai e Satanás começa suas inserções colocando em dúvida se Ele era realmente o Filho de Deus(4:3,6). Por vezes após grandes momentos e experiências com Deus, o Diabo vem até nós para lançar dúvidas sobre aquilo que acabamos de viver e experimentar! Aconteceu com Jesus, acontecerá comigo e contigo;

b) distorção da Palavra – não adianta querer brigar com o Diabo sem a Espada do Espírito (Ef.6:17). Há gente querendo lidar com o Inimigo na base da pretensão pessoal, das “amarrações”, entre outros. Vitória sobre Satanás é só com a Palavra. E cuidado, porque ele a conhece e tem milênios de prática na sua distorção. Jesus venceu o Maligno pela Palavra. Ele não só recusou a distorção, mas aplicou a correção! Sem Palavra você se torna presa fácil do Inimigo. Um dos conceitos que o Diabo hoje trabalha e que quer dar legitimidade bíblica é o “ficar”. A Bíblia, conquanto não contenha uma condenação explícita ao “ficar”, é farta em  condenação de relacionamentos superficiais e utilitários.

c) atalho – normalmente o Diabo trabalha conosco entre o ponto onde estamos e o cumprimento da promessa de Deus. Normalmente ele sussurra para que desfrutemos agora e paguemos o preço depois, quando o certo é pagar o preço agora (Ec.11:9-12:1) e desfrutar depois. Cuidado com os atalhos! No caso de Jesus as tentações representavam um atalho para sua messianidade. Já imaginou todos vendo Jesus descendo de modo espetacular, flutuando? Mas era desse modo que Ele queria e devia ser adorado?

d) aprisionamento – a tentação visa o pecado e o pecado o aprisionamento ao domínio/influência de Satanás. O Diabo não ofereceu os reinos e a glória deste mundo a Jesus (4:8,9)? Sabe para quê? Para que Jesus se tornasse obediente a ele. Quando Satanás nos tenta, Ele quer que nos tornemos obedientes a ele, o que redunda para nós em profunda prisão da alma. Você quer ser livre ou aprisionado?

CONCLUSÃO

Jesus estava consciente de que qualquer caminho que Ele tomasse em seu ministério que negasse o Pai, tornaria toda a sua obra, propósito e mensagem em algo vão. Esse foi um dos motivos pelo qual Ele venceu o Diabo, nesta e em outras tantas oportunidades nas quais foi tentado. E nós podemos ter vitória também sobre a tentação. Se o mundo jaz no Maligno (I Jo.5:19), lembre-se que maior é o que está em nós do que o que está no mundo (I Jo4:4).

Se você está sendo tentado é porque você pertence a Jesus e está incomodando o Inferno. E o Senhor Jesus quer lhe dar vitória sobre todo tipo de tentação e ataque do Inimigo! (Rm.8:37; I Cor.10:13, 15:55-57; Fl.4:13).

Apêndice – quadro – diferença entre tentação e provação

TENTAÇÃO PROVAÇÃO
1) visa o mal 1) visa o bem
2) visa à derrota 2) visa à vitória
3) busca o pecado 3) busca a santificação (Gl.2:20)
4) fortalece a carne 4) fortalece o espírito
5) o Diabo atua 5) Deus atua
6) interrompe o crescimento/discipulado 6) produz crescimento, aprofunda o discipulado
7) quer afastar você de Deus 7) quer aproximar voce de Deus
8) fortalece uma postura de independência e autonomia 8) fortalece uma postura de dependência de Deus e de interdependência com os outros
9) convida você à ilusão 9) chama você à realidade
10) cativa/aprisiona 10) aperfeiçoa a liberdade que há somente em Jesus
11) possui um sabor doce 11) possui um sabor amargo
12) opera pelo engano 12) opera pela verdade
13) é escolhida 13) você não escolhe e por muitas vezes é enviada

 [TEXTO ESCRITO PARA A REVISTA DE ADOLESCENTES DA JUERP, PUBLICADA NO TERCEIRO TRIMESTRE DE 2008]

outubro 6, 2010

JESUS – COMO TUDO “COMEÇOU”

Filed under: Estudos — sdusilek @ 1:10 am

TEXTOS :                 – Texto Bíblico;(Mt.2:1-23)

Leituras diárias: a) Mt.1:18-24; b) Lc.1:26-38; c) JO 1:1-15; d) Ap.1:12-18,13:8; e) Lc.2:1-20; f) Lc.2:21-40; g) Lc.2:41-52; Texto Básico Mt.2:1-12; Texto Áureo Mt.2:11

Introdução

É verdade que a idéia de uma conjugação divina/humana passava pela cabeça dos homens. Prova disso é que na mitologia grega (só para ficar num exemplo) você tem relatos de uma mistura de deuses com seres humanos. Hércules, filho de Zeus, é um bom exemplo disso. Mas o nascimento de Jesus transcende a qualquer coisa que tenha sido criada na mente humana.

 O Nascimento de Jesus foi um acontecimento cósmico. Dimensões diferentes de existência participaram (anjos cantando), a Criação participou dando o primeiro “berço” a Jesus, bem como através da estrela que guiou os  magos do oriente, pessoas foram celebrar tal acontecimento como os pastores que estavam no campo. Em nenhum outro nascimento na História da humanidade, seja a relatada ou mitificada, nós temos algo tão impactante como é mostrado com Jesus.

O nascimento de Jesus também foi um acontecimento único não só por causa do cenário apresentado anteriormente, mas também por representar DEUS tomando a forma humana. Jesus, ao contrário de Hércules e de outros personagens da mitologia, já existia. Ele tem pré-existência e pós-existência, simplesmente porque Ele é o princípio e o fim (Ap.1:8; Gl.4:4; Fil.2:5-13; Cl.1:15-19; veja também o incenso ofertado pelos magos-Mt.2:12), porque Ele é Deus. O que estou tentando lhe dizer é que enquanto nós ansiamos e esperamos o céu, Jesus deixou seu trono de glória (os magos reconheceram a majestade de Jesus quando lhe deram ouro-Mt.2:12) e esse mesmo universo celestial para vir e habitar entre nós (João 1). Ele abriu mão do céu porque muito nos amou!

O nascimento de Jesus foi único porque ele foi gerado pelo Espírito Santo. Não houve transcurso sexual, mas sim um milagre celestial. Deus nos presenteou com o milagre da concepção virginal sem parceiro/marido. Já pensou nisso? E isso para que Jesus pudesse ter a forma humana (os magos lhe ofereceram perfume – mirra (Mt.2:12) reconhecendo sua humanidade) e sentir como nós sentimos e percebemos o mundo. Interessante é que o mesmo Espírito que cuidou da geração e gestação em Maria, quer gerar e gestar Jesus em nossos corações. O novo nascimento é nada mais, nada menos do que Jesus nascendo em nosso coração pelo milagre da salvação que o Espírito em nós opera. E nossa caminhada/progresso na vida cristã nada mais é que a gestação de Jesus em nós, até que cheguemos à maturidade espiritual.

Quero convidar você a aprendermos com o episódio dos magos (Mt.2:1-12), para que nossa fé seja enriquecida.

1-QUEM ERAM OS MAGOS?

Os magos provavelmente não eram reis como se supõe a cultura popular, mas sim sábios pertencentes a uma classe sacerdotal, oriunda da Pérsia (atual Irã). Eram pessoas que seriam uma espécie de ISER daquele tempo – estudavam as religiões e as comparavam. Talvez a partir de Daniel eles tenham tido contato com o judaísmo e com o conteúdo bíblico. Daí quanto notaram algo diferente no céu, num período em que astronomia e astrologia se confundiam, devem ter se lembrado das promessas bíblicas sobre um Messias e foram procurá-lo.

A Bíblia tampouco afirma que eram três. Os presentes sim eram em número de três. E possivelmente estes magos não encontraram Jesus na manjedoura, mas já como uma criança (v.11 o termo grego paidion é para menino e não um neném), morando em uma casa (v.11 – não mais na estrebaria).

B-O QUE APRENDEMOS COM OS MAGOS?

Esse encontro que compõe o quadro do nascimento de Jesus nos ensina preciosas lições.

A primeira delas é que toda a distância vale a pena ser percorrida quando o objetivo final é Jesus e a adoração a Ele. Eles vieram de longe para adorar a Jesus. E para tanto, todo percurso vale a pena ser percorrido. Vale a pena, por exemplo, percorrer todo um processo de estudos, graduação, pós-graduação se você usar sua carreira como forma de glorificar e adorar a Jesus.

A segunda lição tem haver com o contexto que vivemos. Você certamente deve ter um amigo que é esotérico, que acredita em duendes, pirâmides, etc. Pois bem: seu amigo não é muito diferente do que aqueles magos eram. Os magos eram uma espécie de esotéricos sincretistas daquele tempo. Só que eles reconheceram que Jesus era Deus e o adoraram (v.11). Guarde bem uma coisa: todo esoterismo tem fim, se dissolve e se ajoelha quando é confrontado com Jesus. Isso porque não são as estrelas que explicam e regem a nossa vida, mas sim JESUS – Senhor nosso!

A terceira lição é que o encontro com Jesus faz-nos ofertar. Ao contrário de outro mago/encantador do novo testamento chamado Simão (At.8:9-24), os magos do oriente não quiseram comprar Deus. Mas a partir deste encontro ofertaram. E essa oferta pode ter sido a provisão divina para o tempo em que Jesus, junto de José e Maria, passaram refugiados no Egito.

CONCLUSÃO

Jesus é a nossa estrela da manhã (Ap.22.16). E sabe por que Ele veio? Porque assim como os magos não o encontrariam sem a estrela, nós também não poderíamos chegar até o Pai sem a “estrela da manhã”. E isso para que pudéssemos ser salvos e governados por Ele. A pergunta que fica é: Jesus é de fato seu Senhor? Você já ofertou a Ele tudo o seu maior valor, isto é, a sua vida?

[Pr.Sergio Dusilek – Estudo Publicado na revista para adolescentes da JUERP da CBB – 3o Trimestre de 2008]

sdusilek@gmail.com

FÁBULA DE UM REINO

Filed under: Liderança — sdusilek @ 1:01 am

Era uma vez um reino. Azul como o céu, barrento como a terra.

Um reino que buscava viver uma conformidade com o padrão ideal de outro Reino. Este sim, maior, perfeito, absoluto. Quase todo o reino, mesmo reconhecendo suas limitações, buscava ser como o Reino. Isso foi assim até que o governador, que não se importava com o Rei, parou de se preocupar também com a “opinião pública”. Toda sorte de atrocidades foram cometidas. A mentira passou a dominar os corredores da corte. A perseguição implacável contra os que se opunham ao comportamento do governador se intensificou. Cooptação foi a moeda de troca usada por ele para conseguir “adeptos”…

Lá também havia  príncipes. Eles procuraram o governador para que revisse sua prática. Eles quiseram ajudá-lo.  Fizeram isso várias vezes. Mas  foram vitimados. Após não agüentarem mais tanta desconformidade com o Reino, saíram daquela terra. Deixaram amigos; colecionaram decepções. Simplesmente se foram. Permaneceu somente o bobo da corte. Aquele que se prestava a entreter o governador e apoiá-lo. Alguém que se fazia de bobo.

O povo, atônito, continuava a olhar. Alguns, com contatos dentro do palácio do governo, tinham informações privilegiadas de sobra. Outros desconfiando de algo errado, resolveram permanecer na ignorância. A maioria, no entanto, continuou a tocar a vida como se nada tivesse acontecido. Mal se deram conta de que aquela província estava ficando cada vez mais parecida com o governador e não com o Rei…

O silêncio reinou numa assembléia posterior. Afinal, se os príncipes saíram, quem iria ter disposição para enfrentar o governador? Os erros se perpetuaram. A terra se contaminou. E os bons… ah, os bons! estes foram saindo daquela província buscando do Rei uma terra onde pousar…

Hoje, passados longos anos, o reino perdeu toda sua coloração azul. Pouco tem a ver com o céu, onde a vontade do Rei é totalmente cumprida. Aterrado e enterrado em um monte de coisas que não O agradam, suportando um governador tirânico, acabou adquirindo a cor deste último. Ficou barrento.

As pessoas limpas cansaram. Os sujos se esbaldaram. E o REI… este do céu chorou!

E até hoje há uma pergunta ecoa no coração de todo aquele povo: o que poderia ter sido diferente? E muitos, agora bem envelhecidos, se lamentam de não ter empregue suas joviais energias a favor do Rei JESUS, julgando os que são de dentro (I Cor.5:13).

 

outubro 5, 2010

Curtas sobre as Eleições

Filed under: Cultura — sdusilek @ 5:00 am

1) O PT com Deficiência intelectiva

Parece um contrasenso. O PT, que outrora ostentava em seus quadros grandes intelectuais parece que emburreceu. Além de não perceberem o crescimento da Marina, agora o tributam a uma onda verde. Acham que se Dilma incorporarem no discurso as teses de Marina, ela assambarcará os votos da Senadora. Ledo engano.

Marina é maior que o PV. A onda não foi verde. Foi Marina da Silva. Ela representa tudo aquilo que Dilma jamais foi e será. A única forma de Dilma ter os votos da Marina é tendo o apoio dela. Mas como o PT está míope, há uma chance dela não ser eleita. Cá entre nós: Graças a Deus!

2) Sobre a Lei eleitoral

Absurda é essa lei eleitoral que não dá a vitória por maioria simples (admitindo a incorporação de um percentual mínimo para quem está tentando se reeleger) aos candidatos. É simplesmente esquisito um candidato bem votado levar outros consigo para o Parlamento. E o pior dessa história é que não se sabe o que faz mais mal: se os políticos espertões que entram na cola dos bons de voto; ou esses bons de voto que ainda não descobriram para que estão aqui. Se não sabem aqui fora, quanto mais lá dentro.

Igualmente absurda é a obrigatoriedade de votar. Num país que quer ser uma democracia plena, essa particularidade eleitoral precisa cair/ser revista.

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