5 GRANDES PECADOS CONTRA A UNIDADE DE GRUPOS QUE ANDAM COM JESUS.
Pr. Sérgio Dusilek
Guarde bem uma coisa: COM TANTAS DIFERENÇAS, É IMPOSSÍVEL QUE CAMINHEMOS JUNTOS SEM JESUS. É através dEle e por Ele que somos instados a perseverar na comunhão dos santos, pois o próprio Senhor faz-nos lembrar daquilo que temos em comum, dos nossos princípios fundantes, cujo belo exemplo está em Efésios 4:1-7.
Nesse sentido é que, olhando para a vida dos discípulos e sem a pretensão de esgotar o foco dessa abordagem, gostaria de sugerir 5 grandes pecados contra a unidade de grupos que andam com Jesus.
O primeiro deles é a disputa pelo poder. Certa vez os discípulos discutiram pelo caminho sobre quem era o maior (Mc.9:30-37). Ficaram corados quando Jesus perguntou-lhes o que discutiam… (v.33). Não tinham entendido que o maior líder não é medido pelo alcance de suas redes sociais, de sua tarimba como “digital-pastor influencer”. No Reino, o maior líder é medido pelo tamanho e efetividade do seu serviço (v.35). Na igreja, quando alguém perde Jesus de vista, disputa cargo ao invés de criar e se envolver nas oportunidades de serviço.
O segundo pecado contra a unidade é perder tempo com fariseus (Mt.16:6; 15:7,8). Em alguns casos chega a se perder a humanidade, como os discípulos que preferiram a apologética ao cuidado com uma criança enferma (Mc. 9:14-19). Via de regra os fariseus possuem uma régua muita precisa para medição dos outros, mas um tanto quanto cega no momento de aplicarem-na a si mesmos. São desvirtuadores da Lei, uma vez que não a cumprem e, pelo excesso de “zelo”, não deixam ninguém cumprir. São nulos da Graça também: não recebem o favor divino porque não reconhecem que precisam e impedem os demais de receberem sob a pecha de que eles não merecem. Não há como ter unidade em comunidades que exalam o cheiro do juízo mais mesquinho.
O nome do terceiro grande pecado contra a unidade é armar-se contra aqueles que consideramos nossos meio-irmãos. Armamos-nos contra outras denominações (o céu é batista, o purgatório é para os demais evangélicos) e igualmente contra outros ministérios da mesma igreja, como se concorrentes fôssemos. Sabe qual foi um exemplo disso? Quando Tiago e João desejam mandar fogo sobre os samaritanos (Lc. 9:51-56). Não entenderam que Jesus não mandou incinerar ninguém, mas mandou perdoar, amar, pregar, pedir trabalhadores para a seara, discipular, batizar… Que tipo de fé cristã é essa que construímos que tem um caráter beligerante, entretanto tomando o nome daquele que é o Príncipe da Paz? Nós, a semelhança dos discípulos, não sabemos AINDA de que espírito somos.
Aliado ao terceiro está o quarto grande pecado contra a unidade. Falo da perda da missão, do sentido e da urgência que temos (Mt.17). Estamos criando, quando conseguimos, uma geração de comprimidos, de crentes, que só funcionam dentro do frasco. Na hora do mundo ingerir nossa influencia, experimentar o santo remédio que temos chamado Jesus, nós nos recusamos a fazê-lo. Outra faceta disso é que nós sempre temos mais compromissos internos do que externos. Estamos vendo amigos e familiares nossos morrendo sem Jesus não porque eles não o querem, mas simplesmente porque nós nem oferecemos o remédio! A igreja é boa, o pastor é excelente, mas nós temos uma missão. Ela é abrangente, extensa e de impacto eterno. Não nos cabe fica pra sempre acampados diante de um Jesus que se mostra transfigurado para nós…
Por fim, o último grande pecado contra a unidade dessa lista é perder Jesus de vista. Repito: Igreja “sem” Jesus, sem entronizá-lo, sem tê-lo entre nós, isto é, como o amalgamador das nossas relações, não adianta tentar ser Igreja. É perda de tempo. Não há um grupo que tome o nome de Jesus que, uma vez perdendo-o de vista, não se disperse. Não foi isso que aconteceu com os discípulos, quando Jesus foi preso (Mt.26:56b)? Sem Jesus as diferenças se tornam colossais, e a convivência na vida da Igreja, insuportável. Isso porque na Igreja não escolhemos quem entra; é o Espírito quem acrescenta. E na ação do Espírito, vem todo tipo de gente… É ele quem nos dará paciência, ou ainda “necessária tolerância extra” como bem lembra Rick Warren.
Finalizo essa reflexão lembrando dois textos:
- “Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união!” (Sl.133:1)
- “Se andarmos na luz, como Ele na luz está, temos comunhão uns com os outros e o sangue de Jesus seu filho nos purifica de todo pecado” (I João 1:7)
- “E tudo quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai.” (Cl.3:17)
- “E tudo quanto fizerdes, fazei-o de coração como ao Senhor, e não aos homens” (Cl.3:23)
[e se não houver reconhecimento, lembre-se:]
- “Porque Deus não é injusto, para se esquecer da vossa obra e do amor que para com o seu nome mostrastes, porquanto servistes aos santos, e ainda os servis.” (Heb.6:10).