Novos Caminhos, Velhos Trilhos

maio 29, 2019

5 GRANDES PECADOS CONTRA A UNIDADE DE GRUPOS QUE ANDAM COM JESUS.

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5 GRANDES PECADOS CONTRA A UNIDADE DE GRUPOS QUE ANDAM COM JESUS.

Pr. Sérgio Dusilek

Guarde bem uma coisa: COM TANTAS DIFERENÇAS, É IMPOSSÍVEL QUE CAMINHEMOS JUNTOS SEM JESUS. É através dEle e por Ele que somos instados a perseverar na comunhão dos santos, pois o próprio Senhor faz-nos lembrar daquilo que temos em comum, dos nossos princípios fundantes, cujo belo exemplo está em Efésios 4:1-7.

Nesse sentido é que, olhando para a vida dos discípulos e sem a pretensão de esgotar o foco dessa abordagem, gostaria de sugerir 5 grandes pecados contra a unidade de grupos que andam com Jesus.

O primeiro deles é a disputa pelo poder. Certa vez os discípulos discutiram pelo caminho sobre quem era o maior (Mc.9:30-37). Ficaram corados quando Jesus perguntou-lhes o que discutiam… (v.33). Não tinham entendido que o maior líder não é medido pelo alcance de suas redes sociais, de sua tarimba como “digital-pastor influencer”. No Reino, o maior líder é medido pelo tamanho e efetividade do seu serviço (v.35). Na igreja, quando alguém perde Jesus de vista, disputa cargo ao invés de criar e se envolver nas oportunidades de serviço.

O segundo pecado contra a unidade é perder tempo com fariseus (Mt.16:6; 15:7,8). Em alguns casos chega a se perder a humanidade, como os discípulos que preferiram a apologética ao cuidado com uma criança enferma (Mc. 9:14-19). Via de regra os fariseus possuem uma régua muita precisa para medição dos outros, mas um tanto quanto cega no momento de aplicarem-na a si mesmos. São desvirtuadores da Lei, uma vez que não a cumprem e, pelo excesso de “zelo”, não deixam ninguém cumprir. São nulos da Graça também: não recebem o favor divino porque não reconhecem que precisam e impedem os demais de receberem sob a pecha de que eles não merecem. Não há como ter unidade em comunidades que exalam o cheiro do juízo mais mesquinho.

O nome do terceiro grande pecado contra a unidade é armar-se contra aqueles que consideramos nossos meio-irmãos. Armamos-nos contra outras denominações (o céu é batista, o purgatório é para os demais evangélicos) e igualmente contra outros ministérios da mesma igreja, como se concorrentes fôssemos. Sabe qual foi um exemplo disso? Quando Tiago e João desejam mandar fogo sobre os samaritanos (Lc. 9:51-56). Não entenderam que Jesus não mandou incinerar ninguém, mas mandou perdoar, amar, pregar, pedir trabalhadores para a seara, discipular, batizar… Que tipo de fé cristã é essa que construímos que tem um caráter beligerante, entretanto tomando o nome daquele que é o Príncipe da Paz? Nós, a semelhança dos discípulos, não sabemos AINDA de que espírito somos.

Aliado ao terceiro está o quarto grande pecado contra a unidade. Falo da perda da missão, do sentido e da urgência que temos (Mt.17). Estamos criando, quando conseguimos, uma geração de comprimidos, de crentes, que só funcionam dentro do frasco. Na hora do mundo ingerir nossa influencia, experimentar o santo remédio que temos chamado Jesus, nós nos recusamos a fazê-lo. Outra faceta disso é que nós sempre temos mais compromissos internos do que externos. Estamos vendo amigos e familiares nossos morrendo sem Jesus não porque eles não o querem, mas simplesmente porque nós nem oferecemos o remédio! A igreja é boa, o pastor é excelente, mas nós temos uma missão. Ela é abrangente, extensa e de impacto eterno. Não nos cabe fica pra sempre acampados diante de um Jesus que se mostra transfigurado para nós…

Por fim, o último grande pecado contra a unidade dessa lista é perder Jesus de vista. Repito: Igreja “sem” Jesus, sem entronizá-lo, sem tê-lo entre nós, isto é, como o amalgamador das nossas relações, não adianta tentar ser Igreja. É perda de tempo. Não há um grupo que tome o nome de Jesus que, uma vez perdendo-o de vista, não se disperse. Não foi isso que aconteceu com os discípulos, quando Jesus foi preso (Mt.26:56b)? Sem Jesus as diferenças se tornam colossais, e a convivência na vida da Igreja, insuportável. Isso porque na Igreja não escolhemos quem entra; é o Espírito quem acrescenta. E na ação do Espírito, vem todo tipo de gente… É ele quem nos dará paciência, ou ainda “necessária tolerância extra” como bem lembra Rick Warren.

Finalizo essa reflexão lembrando dois textos:

  • “Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união!” (Sl.133:1)

 

  • “Se andarmos na luz, como Ele na luz está, temos comunhão uns com os outros e o sangue de Jesus seu filho nos purifica de todo pecado” (I João 1:7)

 

  • “E tudo quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai.” (Cl.3:17)

 

  • “E tudo quanto fizerdes, fazei-o de coração como ao Senhor, e não aos homens” (Cl.3:23)

[e se não houver reconhecimento, lembre-se:]

  • “Porque Deus não é injusto, para se esquecer da vossa obra e do amor que para com o seu nome mostrastes, porquanto servistes aos santos, e ainda os servis.” (Heb.6:10).

 

maio 3, 2019

Ode a Paciência

Filed under: Sem categoria — sdusilek @ 12:02 pm

Tenho paciência com os novos, aqueles que devido à sua imaturidade, se enroscam e se machucam com coisas que deveriam evitar;

Não tenho paciência com aqueles que, se julgando mais antigos e mais experientes, crucificam os novos e os indefesos pelos seus erros, sem considerar que eles (mais vividos) nunca deixaram de errar também.

Tenho paciência com as crianças, com seu jeito espontâneo de bagunçar um culto; por outro lado, meu ânimo não é muito longo com os adultos que deixam seus celulares ligados, que ficam nas redes sociais, até na hora em que Deus tenta falar com eles pelo culto.

Tenho paciência com os questionadores, com aqueles que estão cheios de dúvidas sobre a vida, sobre Deus, sobre a religião… sinal de quem vem tendo uma honesta e existencial vida; não tenho muita paciência com aqueles que exalam certezas, que tentam impor sua forma de ver o mundo aos outros, que desfazem da Graça de Deus ao identificarem esta mesma Graça com uma única forma e não com sua multiforme, como bem lembra o apóstolo Pedro.

Tenho paciência com os que vacilam, com os que por vezes escorregam, com os que pecam; não tenho paciência com os contumazes, especialmente quando estes condenam o pecado alheio no qual eles mesmos estão mergulhados.

Tenho paciência com líderes bem intencionados, com gente que, ao meu ver, tem uma compreensão errada, mas ainda assim com coração ingênuo. Já não tenho qualquer paciência com líderes manipuladores, que usam as pessoas para atingirem seus objetivos. Tenho pavor de líderes carreiristas.

Tenho paciência com colegas que ao serem valorizados em seu ministerio esqueceram da realidade social do país, aceitando proventos que mais se assemelham à casta dos juízes do STF. Contudo, minha paciência se esgota quando vejo colegas manobrando para fazerem retiradas milionárias das igrejas, agindo não como pastores, mas como sócios, empresários de um empreendimento religioso.

Tenho paciência para esperar os processos históricos, para respeitar a cultura local, a tradição sedimentada até então numa comunidade. Mesmo porque parte delas é fruto de gente séria, que tem uma vida com Deus e que sustenta aquela comunidade de fé. Não tenho paciência com aqueles que desprezam essa história em prol de suas percepções.

Tenho paciência com diferentes credos e correntes de pensamento. Mas tenho dificuldade para parar e ouvir aqueles que massacram as demais linhas sem ao menos conhecê-las.

Tenho paciência com quem não me conhece e me tira por impaciente, mas não tenho paciência alguma com quem procura espalhar que sou intratável. A estes lembro que, ao contrário de muitos deles, nunca levantei a voz para um chefe meu, nem tampouco discuti com alguem hierarquicamente superior a mim. Lembro ainda que fiz amizades, e as tenho até hoje, em todas as fases da minha vida. Gente que sabe que eu daria minha vida por eles, assim como eles por mim. Gente crente e não crente. Pastor e não pastor. Batista ou não.

Agradeço sua paciência em ler minha ode! (rsrsrsr!)

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