Novos Caminhos, Velhos Trilhos

dezembro 31, 2013

2013 in review

Filed under: Sem categoria — sdusilek @ 3:32 am

The WordPress.com stats helper monkeys prepared a 2013 annual report for this blog.

Here’s an excerpt:

The concert hall at the Sydney Opera House holds 2,700 people. This blog was viewed about 13,000 times in 2013. If it were a concert at Sydney Opera House, it would take about 5 sold-out performances for that many people to see it.

Click here to see the complete report.

dezembro 30, 2013

ISABEL E MARIA

Filed under: Sem categoria — sdusilek @ 6:21 pm

Isabel e Maria

(Lucas 1;39-45, 66)

Este é um tempo de expectativas. É também um tempo de promessas. Renovamos nossa disposição, o ânimo, os planos e porque não, as promessas. Pois no texto de Lucas 1:39-45,66 temos o encontro de dois tipos de pessoas que retratam como chegamos num final de ano. Falo de Isabel e Maria. Interessante notar o resgate que Lucas faz do papel da mulher no Reino de Deus ao colocar sob o prisma delas as impressões e a ótica dos últimos acontecimentos.

Isabel é o protótipo de quem chega no fim de ano carregado. Cheio de percalços, contabilizando perdas, sem esperança, sem forças, extenuado, e com uma esterilidade perceptível sobre seu futuro. Seus sonhos já não mais existem. O que existe é uma espera pela morte, pela passagem. Isabel era esposa de um respeitável sacerdote chamado Zacarias. Pessoa séria e temente a Deus. Só que sua esposa e com isso sua casa, carregava uma suspeição de “maldição” devido ser ela estéril. E agora já com  uma idade mais avançada. Por estarem numa família sacerdotal, ambos se acostumaram com aquilo que é anormal, porque espiritual. As coisas de Deus se tornaram simples demais. Não havia nada mais de especial nelas…

Já Maria é o tipo da pessoa que chega para a virada de ano cheia de gás. Completamente animada, renovada, com tanta expectativa e sonho que nem sabe mais onde guardá-los. Maria estava desposada (noiva) de José. Planejava seu casamento. Sonhava com ele. Uma adolescente que vivia, ainda que palestinico, o seu sonho de princesa, o seu conto de fadas. Ela é a foto da esperança.

Só que acontece uma coisa com ambas. E isso muda o rumo da vida delas.

1)    Elas recebem a visitação do Senhor (1:42-43);

O que faz a diferença, o que promove a mudança é a visitação do Senhor. A vida com Deus ganha novos contornos quando somos visitados por Ele. Nós deixamos de aceitar uma convivência ou mesmo coexistência com as coisas de Deus (espirituais) e passamos a dar a elas seu real valor. O espiritual ganha o real por meio do VALOR.

A visitação do Senhor fez com que Isabel fosse renovada a tal ponto que a simples menção da chegada de Maria ela exalta o Senhor e brada o nome de sua parente. Esse bradar mostra uma nova postura para com a vida. E essa postura, oriunda de uma especial e divina visitação, foi acompanhada pelo sentimento de indignidade (v.43) e também pela vontade de compartilhamento.

A visitação do Senhor a Maria fez com que seus sonhos fossem turbinados. Mais do que viver os nossos sonhos é viver o sonho de Deus para nós.

Maria não guardou segredo. Mas foi compartilhar sua maior experiência de vida com alguém de confiança e que lhe daria guarida. Quem sabe ela não foi procurar refúgio, ao primeiro sinal de sua gravidez, com a única que a entenderia e acolheria?

A maior evidência dessa visitação é a presença da mão do Senhor (v.66). Essa presença é marca da intervenção divina.

  • COMO VOCE CHEGOU AO FINAL DE 2013? COMO ISABEL OU MARIA? POR QUE? COMPARTILHE…
  • E EM QUE ÁREA DE SUA VIDA VOCE PRECISA DA VISITAÇÃO DO SENHOR? COMPARTILHE.

 

2)    Elas crêem na Promessa de Deus (v.45);

Nesse tempo de promessas, de expectativas, vale a pena ter a promessa que Cristo nos fez renovando nossa vida. O que ele prometeu a voce e que ainda não foi cumprido? Não desista dessa promessa, mesmo porque Deus não desiste de Sua Palavra! Ela permanecerá para sempre.

São essas promessas que nos fazem emudecer. O sonho impossível de uma mulher (Isabel) agora se torna realidade: ela fica grávida. O sonho inimaginável de outra mulher, uma moça chamada Maria, acontece: ela engravida por um milagre do Espírito Santo. Agora preste atenção: uma coisa é quando Deus ajuda que nossos sonhos se tornem realidade; outra coisa é quando Deus derrama Seu sonho sobre você! Essa é a diferença entre Isabel e Maria. Ambas creram na mensagem angelical. Só que uma viu seu sonho ser realizado e outra viu o SONHO DE DEUS SENDO DERRAMADO SOBRE SUA VIDA.

Saiba que o melhor e maior sonho de Deus para nós é Jesus! Ele é a maior promessa! Ele é o melhor que o Senhor tem para nos dar!

  • QUE PROMESSA QUE DEUS LHE FEZ QUE AINDA NÃO SE CUMPRIU? COMPARTILHE;
  • VOCE JÁ TEM A MAIOR PROMESSA DE DEUS E DE SUA PALAVRA, A SABER: JESUS CRISTO, NA SUA VIDA?

Quero terminar destacando duas coisas. A primeira delas é que o bebê João Batista, ainda em gestação intra-uterina, reconheceu a presença de Jesus, sendo que este possivelmente estava numa forma “zigótica”. Destaco isso para lhe afiançar que todos temos a possibilidade e a sensibilidade para reconhecer a presença de Jesus. E Ele está perto de todos os que o invocam.

A segunda coisa é que para que Jesus entrasse na História, Deus escolheu uma mulher, uma moça chamada Maria. Era necessário um ventre para que o Senhor fosse gestado. Hoje, o Espírito de Deus anda procurando gente que quer deixar Jesus fazer parte de sua História. Mas agora não é mais necessário ventres para que ele nasça. Agora é preciso corações. Deus está a procura de corações, inclusive o seu, para que Jesus nasça e seja gestado nele. A pergunta é: você vai deixar Cristo nascer no seu coração? Há lugar para Jesus em sua vida?

Meu desejo mais sincero é que você abra sua vida, seu coração para receber Jesus. Recite Romanos 10:9 com a alma. Ore fazendo o convite para Jesus ser Salvador e Senhor de sua vida.

Com carinho,

Pr.Sergio Dusilek – sdusilek@gmail.com

dezembro 13, 2013

O AMOR TUDO SOFRE

Filed under: Sem categoria — sdusilek @ 6:40 pm

O AMOR TUDO SOFRE

(I Cor.13:7a)

Estamos condenados a uma infelicidade eterna? Seria o cristianismo um convite ao sofrimento com propósitos purgatórios? Estaria Paulo defendendo um certo grau de masoquismo na vida cristã? Ao invés de “pare de sofrer”, teríamos o “bom mesmo é sentir dor”?

O que Paulo queria então dizer?

1)    Que o Amor mantém todas as coisas juntas;

O que sustenta a estrutura cultural da humanidade e possibilita ao homem pensar um futuro? O que faz com que a história se mova para frente? As leis, conquanto ajudem a sociedade não se perder, não a sustentam. A Justiça, quando exercida sem Amor, só constata a demarcação de linhas decisórias, marginalizantes. Nesse sentido, a Justiça exclui enquanto a presença do Amor é garantia de Inclusão.

O poder tampouco tem ação na sustentação. Isso porque poder sem amor é ameaça do uso da força. O que resguarda o poder é o amor.

Esse mundo foi criado não como prova de poder, mas como sinal de amor. E toda a criação sinaliza para esse maravilhoso amor do nosso grande amigo – JESUS!

Há uma aderência intrínseca no Amor. Onde ele se faz presente, as partes se unem. Guarde bem isso: separados da sociedade nós não temos identidade, pois ela se constrói com a alteridade; separados do amor, nós não temos sociedade.

  • O QUE ESTÁ SE DESPRENDENDO NA SUA VIDA? FAMÍLIA? FILHOS? MARIDO/ESPOSA? SERÁ QUE ESTÁ FALTANDO AMOR?

 2)    Que o Amor faz com que tenha coragem para aceitar a culpa.

Não mais transferi-la, como no Éden (Gn.3). Mas assumi-la. Onde há suspeita do rigor da Lei sempre haverá uma tentativa de um jeitinho para se livrar da responsabilidade. Onde há certeza do Amor sempre haverá, por sua vez, a condição para que nos assumamos como somos.

Isso não implica num “passe livre” para despejar todos os problemas sobre qualquer um (Is.53:4,12). Saiba para quem abrir o coração afim de que voce não crie um novo problema… como desestabilizar um grupo…

  • DOS PROBLEMAS QUE VOCE PASSA… VOCE CONSEGUE PERCEBER SUA CONTRIBUIÇÃO PARA A EXISTÊNCIA DELES? OU DE PARTE DELES? OU TUDO É CULPA DOS OUTROS?

 3)    Que o Amor faz com que sintamos a dor do outro;

Num tempo tão individualista se importar já é “quase tudo”. Agora ter gente que realmente se importa com nossa dor… que procura ajudar a levar as cargas (Gl.6:2) é necessário e muito bom. Porém, preste atenção: o amor ajuda a levar as cargas, mas não as extingue. Ele não isenta da responsabilidade, não livra das conseqüências. Não some com o peso da carga. Ele ajuda a torná-la mais leve, mais carregável, mais suportável. O amor não deixa que o outro submirja sob suas cargas. Isso porque pessoas que têm o amor de Deus, o amor agape, são habilitadas para a cura, para serem instrumentos de auxílio, de solução. É por isso que transformam dor em ação. É por isso que se envolvem em causas humanitárias: construção de leprosários, orfanatos, asilos, etc.

Voltemos ao exemplo do relacionamento conjugal. O amor agape não pode criar o casamento, mas pode carregá-lo quando ele estiver frio. Isso através de uma postura compreensiva, ou mesmo de uma disposição oitiva. Por vezes na tolerância da fraqueza do outro.

  • QUANDO FOI A ULTIMA VEZ QUE VOCE SENTIU A DOR DO OUTRO?

 4)    Que o Amor é prova da Providência, do Cuidado de Deus.

Não só no tocante a sociedade. Mas sobretudo conosco. A palavra sofrer no grego é stégei=cobrir (como um teto), proteger, suporte que se traduz numa guarida, teto. Não é um sofrer resignado abaixo das coisas, mas por cima delas. O amor não é aquilo sobre o qual pisamos, mas sob o qual nos abrigamos. Por isso o amor se traduz como o caminho para a plenitude, para a completude. O que ainda falta a você? É o amor que irá preenchê-lo, que ocupará esses espaços vazios simplesmente porque nada fica vazio perto do Amor. Ele significa, dá sentido a tudo.

O amor cobre (apaga) aquilo que no outro é desagradável. Por isso ele não recua, não desiste facilmente. Ele cobre uma multidão de pecados (I Pe.4:8), mas não todos eles. Quando expõe, o amor o faz pela mesma razão que encobre: o bem das pessoas. Dessa feita, o amor faz com que façamos pelos outros o que eles não podem fazer por si mesmos.

O ser humano recebeu um pequeno cobertor existencial. As peles dos animais que foram dadas para vestir o homem jamais o cobrirão totalmente. Sempre sentiremos falta de algo. Ou puxamos a “coberta” e descobrimos os pés, ou deixamos os pés aquecidos e descobrimos o ombro e a cabeça. Essa é nossa condição existencial. E muitos, ao invés de reconhecerem isso tentam suplantá-la pelo esforço, como se pele morta pudesse ser esticada… Por isso precisamos da Providência, do Amor de Deus!

  • DO QUE VOCE TEM SENTIDO FALTA? DEIXE O AMOR DE DEUS COMPLETAR…

Muito distante de qualquer compreensão masoquista, o amor que tudo sofre é um convite ao descanso na Providência de Deus. Quando lhe faltar forças para perdoar, confie em Deus que irá lhe ajudar… Quando faltar forças para continuar, descanse no Senhor que renovará seu tanque, sua energia. Quando você se cansar de tanto tentar esticar essa coberta existencial feito de pele de animal morto, lembre-se de Jesus. Seu Amor transbordante nos supre naquilo que temos falta. Aleluia! Louvado seja Deus por esse amor agape que pacifica “os morros” da nossa alma!

Deus o abençoe!

[Pr.Sergio Dusilek – sdusilek@gmail.com]

dezembro 9, 2013

O AMOR SE ALEGRA COM A VERDADE

Filed under: Sem categoria — sdusilek @ 7:37 am

O AMOR SE ALEGRA COM A VERDADE

(I COR.13:6b)

Mesmo quando ela dói? Perguntaria você… como, sem ter qualquer resquício masoquista, alguém pode sentir alegria com algo que pode doer?

1)      Em primeiro lugar porque a sua presença aponta para a presença do Amor.

A principal companhia do Amor não é a beleza. O amor tem como seu principal consorte a verdade. O simples “cheiro” dela é sinal de que há amor. Ela torna o amor melhor. Ela permite que o amor se expresse como ele é. Sem verdade o que temos, o que construímos é outra coisa, não um relacionamento baseado no amor. Não o amor.

Quer ver um exemplo disso no campo religioso? Uma pessoa que não tem Jesus mas que possui religião… tem seu relacionamento feito fora da verdade segundo João 14:6, concorda? Busca Deus, mas ainda está tateando… fora do encontro dAquele que é a RESPOSTA. Voce diria que essa pessoa religiosa, que quer Deus mas que ainda não encontrou Jesus, conhece a verdade, experimentou o AMOR agape?

Onde falta a verdade o amor morre pelas mãos da hipocrisia e da mentira. Aliás, duas excelentes formas de esganar o amor.

  • VOCE COSTUMA FALAR A VERDADE NOS SEUS RELACIONAMENTOS? VOCE ABRE ESPAÇO PARA OUVIR A VERDADE?

 2)      Em segundo lugar a verdade mantém um vínculo do amor com a realidade.

Amar não significa ficar abobado. Interessante que quando você cumpre o que a Bíblia diz de amar ao seu inimigo ele não se torna seu amigo. Vai continuar sendo seu inimigo. O que muda é sua atitude, sua disposição para com ele… O amor agape não nos conduz ao fanatismo, a histeria, a fuga da realidade porque está aliançado com a verdade. O amor nos lembra que pessoas são imperfeitas; a verdade nos mostra que elas nos decepcionarão, pois o mundo tem um mistura de coisas boas e ruins.

Talvez um dos motivos pelos quais o contraste deste verso de coríntios ser injustiça/verdade e não injustiça/justiça seja justamente o convite a mantermos o “pé no chão”, a reconhecermos quem realmente somos, sem nos iludirmos. Também olharmos os outros como eles são… não recriá-los como personagens de fábulas…

  • SER TOMADO PELO AMOR… VOCE FLUTUA OU “SENTE OS PÉS NO CHÃO”? CONSEGUE DISCERNIR QUEM VOCE É?

 

 3)      Em terceiro lugar a verdade é o bisturi para a cura do amor.

A condição para que o amor cure, restaure, cole os “caquinhos” (com toda licença poética a Louise), é que a verdade se instaure. Uma pessoa que nega uma doença, jamais vai se permitir tomar a medicação para que seja curada. Uma pessoa altiva jamais vai se permitir ouvir que tipo de correções precisa fazer em sua vida. Aquele que não se enxerga doente dificilmente poderá ficar são.  Aquele que não se percebe como necessitado, possivelmente não abrirá seu coração para a cura do AMOR agape.

E nessa legítima cirurgia espiritual, aquela que o AMOR opera, surge em meio a dor as mais profundas e lindas orações… justamente àquelas que não são faladas… são balbuciadas, gemidas (lembra de Ana no Tabernáculo em Siló (I Samuel 1)? Isso porque o amor tem um poder transformador de tornar a dor num instrumento abençoador. Quantas pessoas não foram abençoadas pela dolorida oração de Ana ao longo da história!

  • VOCÊ TEM FUGIDO/RESISTIDO DA VERDADE? DO QUE VOCE TEM CORRIDO?

 4)      Por fim, a verdade aponta para Jesus.

Jesus é o maior nível de compreensão e apreensão da verdade. A gênese de toda injustiça de desfaz com a justiça de Deus e ela encontra sua expressão máxima na Pessoa de Jesus Cristo. Daí outro possível motivo que explique o contraste escolhido entre injustiça/verdade. Todo esquema do mal, da injustiça, da mentira, se desfaz perante Jesus.

Se a injustiça aponta para nossa debilidade, fragilidade e pode declarar alguém em falta, a verdade aponta para um Cristo que nos supre (Fil.4:19).

Perceba: há uma exclusividade em Jesus. Ela reside no fato dele ser a verdade. Quando se está diante da verdade, as demais possibilidades se dissolvem como propostas de encontro redentivo com Deus. Mantém sua preciosidade como sinalizadores da busca humana. Mas perdem seu valor com afirmação última, como resposta cabal.

  • JESUS É A VERDADE PARA VOCE? SE SIM, POR QUE AINDA MANTER ALGUM ELO COM OUTRO TIPO DE EXPRESSÃO RELIGIOSA?

Que você meu querido reflita e entenda que o amor cristão é um convite a superação e não a uma elevação, no sentido de fuga da realidade. Deus não nos quer vagueando pelas nuvens. Ele nos quer andando por esse mundo. Pisando em lugares esquisitos e até não muito limpos. Lugares que nos convidam a realidade. Amor sem realidade é platonismo. Realidade sem amor é travessia no deserto. Amor e realidade; amor com verdade. Isso foi o que Jesus ensinou.

[Pr.Sérgio Dusilek – sdusilek@gmail.com]

dezembro 2, 2013

O amor não se alegra com a injustiça (I Cor.13.6a)

Filed under: Sem categoria — sdusilek @ 7:51 am

O amor não se alegra com a injustiça (I Cor.13.6a)

Fazer a coisa errada produz alguma alegria? Se não, por que é que constantemente os errados, quando juntos no erro, estão sorrindo? E por que se busca tanto fazer a coisa errada? Já sentiu alguma pontada de inveja dos áureos momentos do juiz Lalau? Ou da vida nababesca do “sheik” Lula? Ou quem sabe daquele fiscal de SP, que ao que tudo indica, estudou comigo (e com outros é claro!) no Colégio Batista Shepard?

Parece que o mal está tão entranhado em nós que mesmo depois de convertidos, continuamos de algum modo nos alegrando com a injustiça. Isso porque o amor precisa penetrar a camada mais profunda da estrutura do nosso ser para desalojar o mal, ou pelo menos para clarificá-lo. Mas quem ama a injustiça?

1)      O que ama o mal não tem o Amor.

Numa sociedade corrompida é normal se alegrar com o mal. As pessoas não querem o efeito do mal, mas são aguçadas pelas benesses que ele produz. Muitos ao ouvirem o corrupto fiscal de São Paulo, a matéria sobre a vida que levava, acharam-na atraente. Só não gostaram da “ressaca” que a injustiça provoca. O amor agape não convive com o mal, não tolera a injustiça, não pela análise dos seus efeitos. Agape não tolera o mal/injustiça pela própria essência. O corte, a inadequação não é no “comprimento”, mas na raiz. Nesse sentido a ética cristã baseada nesse amor continuará sendo contrária a postura pragmática do modelo ético sugerido, por exemplo, por Peter Singer (em sua obra Ética Prática).

Jesus já dizia que alguns não quereriam a Ele porque amariam mais o mal (João 3)… se alegrariam com a injustiça.

  • QUANTO DESSA ERVA DANINHA CHAMADA INJUSTIÇA AINDA PRECISA SER CORTADA/EXTIRPADA EM VOCE?

2)      Aquele que faz da injustiça um instrumento do amor próprio

São os membros da torcida organizada do escândalo. Não bastasse o sofrimento que o tropeço causa na pessoa (Jesus já falara isso – os tropeços são inevitáveis mas ai daqueles por meio dos quais eles vêm!), ainda tem uma torcida que vibra com o caso do ocaso de alguns. O escândalo é motivo para o outro, de orgulho pessoal. Para esses o pecado dos outros é o único meio de autovalorização. Não sendo bons, se tornam virtuosos pela comparação, pelo erro do outro. E essa é uma das mais injustas formas de machucar o outro: feri-lo quando ele se encontra debilitado. A ciência da fraqueza de alguém não é para realçar nossa força. Isso é injustiça. Isso não é amor. A Palavra de Deus em Provérbios é clara quanto a isso (ver 17:5 e principalmente 24:17-18).

  • QUANDO VOCE SE ALEGROU COM A LAMBANÇA DE ALGUEM?

3)      Aquele que se alegra com a injustiça sobre o injusto

Imagina a cena… você é assaltado, seu carro é roubado. Na delegacia fazendo a ocorrência chega a notícia de que acharam seu carro, com os 3 bandidos que estavam no assalto dentro. Todos mortos por outra quadrilha numa outra tentativa de assalto. Surge em seu coração um sonoro “bem-feito”. Praticamente vemos nisso uma espécie de “justiça”. Só que assalto em qualquer circunstância é um ato de injustiça. Não tem jeito. Não dá para renomear o erro chamando-o de acerto. O que é errado continuará sendo errado mesmo que todo mundo esteja fazendo. O certo continuará a ser certo mesmo que ninguém o pratique, que caia em desuso, que fique “démodé”. Esse rebatismo é uma das sutis maneiras de nos alegrarmos com a injustiça… No mundo a fórmula injustiça sobre injusto=Justiça. No Reino de Deus, no Reino do Amor, não. As coisas são nomeadas pela sua natureza, pela sua essência.

  • O QUE VOCÊ ANDA RENOMEANDO, TENTANDO DAR OUTRO NOME, MAS QUE NO FUNDO SABE QUE ESTÁ ERRADO?

4)      Aquele que vê no mal o esteio da manifestação do bem.

Diz o ditado do evangeliques… quem não vem pelo amor, vem pela dor… nesse sentido o mal construiria uma sinalização para Deus e talvez nos tornássemos alegres na injustiça, pela sua existência. Nesse sentido a injustiça, o mal, seriam um delineamento do bem e do amor. Uma espécie de marcador, de realçador que teriam a função até de embelezar o belo…

Pode ser que pessoas cheguem a Deus por atingirem níveis insuportáveis de maldade na vida. Mesmo assim o mal não engradece o amor. O amor agape é grande, excelso, maravilhoso, majestoso, por si só. Seria um contrassenso pensar que só pode se ver bondade em Deus via maldade reinante… é como dar um óculos com lentes literalmente de fundo de garrafa suja para olhar uma bela tela Rembrandt…

O mal não é necessário para chegar a Deus. Na verdade é ele quem impede a humanidade de vê-Lo. Se não houvesse o mal, se a injustiça não existisse, nós veríamos Jesus Cristo como Ele é, pelo AMOR. Por isso que hoje voamos com ajuda de instrumentos (Bíblia). E ainda bem que o temos! Mas lembre-se que no início, no Paraíso, quando não existia o mal, também não havia a necessidade dos instrumentos para discernir Deus… Ele sempre era notado, todo dia, especialmente ao entardecer.

Nem tampouco o mal se torna mecanismo para a Glória de Deus, como se Ele precisasse de algo ruim para se assumir como sumo-bono. Alguns se alegram com a injustiça pois tentam ver nela um decreto divino… E como se percebem mais como súditos do Rei do que como amigos de Deus, eles passam a “facebookiar”, a curtir os decretos, ou melhor, aquilo que eles denominam como decretos. Ora, Deus sendo amor estabelece suas relações por convite e não por decretos.

Guarde bem isso: O Amor não precisa de nada para ser. Ele simplesmente o é.

  • VOCE SÓ SE CHEGA MAIS PERTO DE DEUS QUANDO “O CALO DÓI”? QUE TAL MUDAR ISSO?

Sem dúvida alguma se há um meio onde o alegrar-se com a injustiça cresce, é o meio religioso. Isso porque além de promover constantes renomeações, a religião costuma desenvolver um certo cinismo naqueles que não precisam de reparação. Seja uma injustiça moral (intencional) ou acidental (natural), ela jamais justificará ou delineará o amor.

O amor agape não se alegra com a injustiça. Nem quando ela parece ser justa.

Crie um website ou blog gratuito no WordPress.com.