Novos Caminhos, Velhos Trilhos

novembro 26, 2017

APROXIMAÇÕES E DISTENSÕES ENTRE AS PRISÕES DE PAULO (At.28:1-10) e SÉRGIO CABRAL

Filed under: Sem categoria — sdusilek @ 5:35 pm
Doeu ao ler? Pois é… ainda mais depois dessa semana em que vimos um presidio nababescamente organizado por uma quadrilha… só que do colarinho branco. Quem não ficou pasmo em saber que os melhores pratos, camarão (?!!!), queijos e vinhos (rolava fondue???) estavam lá a disposição daquela turma que espoliou o Estado do Rio. De repente o presídio virou SPA… colchões das olimpíadas, “sala de cinema” (caso em que duas igrejas foram envolvidas), entre outros.
Mas o que isso tem a ver com Paulo, o apóstolo?
Certa vez, num naufrágio anunciado (nem todos os barcos afundam por falta de aviso – Atos 27), perto da Ilha de Malta, Paulo que era transportado como prisioneiro para Roma, assim como outras pessoas, entre tripulantes, passageiros e prisioneiros, foram “cuspidos” pelo mar na praia. Perceba que aquela praia não era a deles, mas eles foram levados para lá. Assim acontece conosco: os nossos insucessos nos levam para outras praias que não são as nossas. Porém, nesse movimento, a vida continua.  Enquanto Cabral e outros lutaram pela praia chamada Palácio da Guanabara, Paulo foi levado contra-vontade para aquele lugar. Era um preso sofrendo o frio, enquanto Cabral, ao que parece, experimenta o calor de Benfica. Aproximação e distensão primeira.
Paulo e Cabral possuem em comum o tema da corrupção (I Cor.15). Só que Paulo era um agente para remover a corrupção do mundo. Ao pregar o Evangelho, ele anunciava com esperança a certeza do fim da corrupção. Já Cabral… sua vida política, ao que tudo indica, se resume em ser agente da corrupção. Sua tratativa é para espalhar a corrupção em tudo que toca. Se com Paulo em Malta a serpente veio inocular seu veneno sobre ele, no Rio, Cabral foi a serpente que inoculou esse veneno em toda estrutura estatal. Aproximação e distensão segunda.
Paulo e Cabral receberam honras das autoridades. Só que o primeiro como fruto da gratidão pela benéfica e servil intervenção na vida das pessoas daquela comunidade, a qual muito bem acolheu os náufragos daquele navio (a Bíblia não diz que “Wilson” estava ali…rsrs!). Já Cabral, suas honras e privilégios são oriundos dos acordos prévios, do temor por sanções que existe em pessoas que lidam com esse tipo de gente. O povo nativo acolheu Cabral em 1500 e repetiu a história na década de 90 e nos anos 2000… uma ingenuidade indígena, a mesma que existia em Malta. Ingenuidade que permitiu ao povo de lá ser abençoado, receber a visitação de Deus pela vida e ministério de Paulo; ingenuidade historicamente repetida que nos tornou, nós que habitamos nessa terra, em alvo de espoliação de caravelas portuguesas. E esta foi a terceira aproximação e distensão.
Uma vez preso em Malta e retomando a viagem para Roma, Paulo foi abastecido pelas autoridades. Ofertaram víveres, roupas, lanches para a viagem. Houve gratidão de Malta pela passagem (acidental???!!!) de Paulo. Seu impacto foi sentido até mesmo entre as autoridades. Já Cabral… uma vez preso, foi abastecido por conivência das autoridades. A gratidão faz com que as coisas sejam feitas sob a luz; a conivência, pelos caminhos da escuridão. Paulo não exigiu, recebeu; Cabral manipulou para que tivesse o que queria, assim como fez como político. Com esta quarta distensão e aproximação termino as comparações.
Veja: o caminho do servo do Senhor, preso injustamente por conta da Justiça de Deus, torna tudo significativo, celebrativo. Tudo é espaço, ocasião para seguir ministrando a vontade do Senhor, para cumprir seu querer até mesmo em praias estranhas. Já os que merecem sua condenação e não choram seu pecado… seguem “quadrilhando”, envolvendo gente santa e boa de dentro da cadeia. Até em Malta, Deus manifestará sua provisão, sua Graça abençoadora.
Com Carinho,
Pr.Sérgio Dusilek
sdusilek@gmail.com

novembro 23, 2017

Longe da Cruz

Filed under: Sem categoria — sdusilek @ 2:31 pm

Já tive época que achava que dos quase 3500 participantes do meu facebook, uns 400 seriam meus amigos. Não eram. A vida se encarregou de mostrar que daquela leva, uns 20, 30 (talvez) realmente o foram e são. Isso porque o que o facebook e eu temos uma classificação diferente para o caro termo amigos… Amizade me lembra Jesus; no facebook lembra uma fotinho de gente conhecida (ou não!??).

Me acomodei aos amigos que provaram assim ser, bem como a outros que Deus trouxe para perto. Celebro esses menos de 50, mas sabendo que a ferro e fogo, devem ser uns 10… Agradeço a Deus por cada amigo, desde os “perfilizados”, aos demais que embora possuam identidade não se deixaram enquadrar num “perfil”.

Hoje fiz um comentário a partir de um post de um amigo/conhecido, não sei dizer bem, a quem muito quero bem. Minha pergunta, que ao leitor incauto poderia parecer óbvia, era mais sutil, uma vez que gostaria de verificar se a percepção que tive do texto escrito por um conhecido pastor presbiteriano, estava correta. Lá pelas tantas, sucedeu o seguinte diálogo (vou chamar o altercante de pacato):

[PACATO: Caracas ainda tem gente que tem dúvidas sobre o texto acima. Ta vivendo onde? Sergio Ricardo Gonçalves Dusilek Rio de Janeiro.

 PACATO:  Ta explicado
 PACATO:  não ,to brincando, entendo que pessoas que não são evangélicas têm dificuldade em entender as coisas de Deus, e todos tem meu respeito.
 Sergio Ricardo Gonçalves Dusilek Depois vc me explica, por favor, como se conjuga “respeito” com o “tá explicado” acima…
 PACATO: com pedido de desculpas sinceras, pensei que o Sr. fosse evangelico. Perdão mesmo.
Sergio Ricardo Gonçalves Dusilek Não entendi… Se eu for evangélico mereço desrespeito?]
Por que trago e acentuo esse diálogo aqui? Para simplesmente realçar que essa massa evangélica, que faz o CENSO andar na casa dos dois dígitos, está no mínimo adoecida. As pessoas, como o “Pacato” acima, se identificam como evangélicas, com uma denominação (no caso Batista), mas a sua abordagem pouca identidade tem com o modo exemplar de ser de Jesus, a quem temos por CRISTO.
Como bem diz Clemir Fernandes (não me refiro especificamente ao caso acima, mas a inúmeros outros por aí), se anteriormente precisávamos (segundo os mais conservadores) pregar o Evangelho para os cristãos (por ser a maioria da população católica), agora precisamos pregar o “Evangelho para os evangélicos”.  Sobra intolerância; falta amor; transborda “verdade”, mas cada vez mais carecemos de “sentido”; temos cada vez mais gente (os templos vão sendo ampliados) e cada vez menos comunhão…
O fato é que me parece que os evangélicos estão descuidando de duas marcas caras ao cristianismo: o cuidado com o outro e o cuidado com o estudo. Há um processo de animalização e de certa demência em curso. Uma preguiça intelectual aliada a uma disposição midiática é facilmente percebida em uma simples incursão nas redes sociais.  Não sei onde vamos parar; só sei que é distante da Cruz.
Preocupado,
Pr.Sergio Dusilek
sdusilek@gmail.com

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