Prezados,
Há cerca de 3 meses atrás somente, por uma gentileza do Pr.Marinho (ilustre sogro do meu cunhado) recebi a poesia abaixo. Ela foi escrita por um amigo de turma do STBSB (1968) do meu falecido pai. Publico-a somente agora, conquanto a quisesse ter publicado tão logo ele falecera, caso a tivesse recebido.
Fica aqui minha gratidão e minha admiração ao Pr.Samuel Pereira de Souza. Que o Senhor sempre o abençoe!
Pr.Sergio Dusilek
OS ESQUIFEADORES
[Ao inigualável Darci Dusilek – In Memorian]
Seis levavam o caixão.
Só um era verdadeiro amigo,
os outros, não.
Cinco eram fariseus,
Apenas um, cristão.
O morto já havia denunciado:
“os verdadeiros amigos
cabem em minha mão,
mas os dissimulados companheiros,
enchem um grande caminhão”.
Seis carregavam o caixão.
Um era verdadeiro amigo,
os outros, vazios de coração.
Só um era leal em tudo,
Os demais, simulacros de vilão.
Quando o morto estava no ápice,
era cercado de grande multidão,
alunos, professores, seus pares, irmãos.
A horda de bajuladores, enchia o grande caminhão
Mas quando a adversidade apareceu,
eles se evaporaram, sumiram, deixaram um “não”.
Porque eram fariseus.
Poucos eram cristãos.
Em toda a sua íntegra vida,
ao mal o morto sempre disse não.
Mas em certo momento da vida,
assim como Davi ou Salomão,
cometeu um deslize, uma infração.
E rapidamente os fariseus lhe viraram as costas,
Porque não eram verdadeiros cristãos.
O Morto, com sua magna história de vida,
cujo gênese foi em Cristo a aceitação,
foi uma ciclópica epopéia,
onde fundiu a fé à razão.
Mas seus “amigos” sumiram…
…e apareceram para levar-lhe o caixão.
Mas entre eles havia um sincero,
Chorava o amigo, o irmão, o cristão.
Era um homem completo,
no ensino, na escrita, no púlpito e na Visão.
Era um exemplo para todos,
mas não podia cometer pecado, não.
E naquela tarde de dezessete de agosto,
seis levavam o seu corpo,
somente um não era fariseu:
encarnou o ensino do Mestre: era um sincero cristão.
Hipocrisia “delenda est”,
Nas igrejas e corações,
Porque há os que da igreja estão fora,
E os que estão fora, mas presentes são.
Um amigo não pode ser desprezado,
por sua tomada de decisão.
É assunto dele com Deus,
e que você o aceite como um irmão.
Se você não é coerente com Cristo e sua grei,
é preciso tomar uma nova decisão:
Se seu irmão você não amar,
não deve também levar-lhe o caixão.
Seis levavam o caixão.
Só um era verdadeiro amigo,
os outros, não.
Cinco eram fariseus,
Apenas um, cristão!
Pr.Samuel Pereira de Souza
Conceição de Jacareí, RJ, 12 de Setembro de 2007.
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